A Brigada da Chefe de Louis-Julien Petit
O Cinema Francês é importante pela presença dos Irmãos Lumière como os inventores do Cinema em 1895, os primeiros a projetar imagens em movimento para um coletivo. Georges Méliès como o grande ilusionista que realizou um dos grandes sonhos da humanidade que foi a “Viagem à Lua” (1902) ou “200 léguas submarinas” (1907) e a partir do final da década de 50, os realizadores da Nouvelle Vague que revolucionaram e influenciaram diretores do mundo todos, principalmente do Cinema Novo Brasileiro. Nos anos 90 aparece o diretor Luc Besson com um cinema mais comercial como “O Profissional” (1994) com Jean Reno ou o Cinema político de Costa-Gavras.
A renovação do cinema francês se produz com a inclusão de temas políticos como é o feminismo, como no filme “Baise-moi” (2000) de Virginie Despentes e Coralie Trinh Thi, um Roadmovie policial em que duas mulheres, uma com ascendência árabe, se vingam dos homens abusadores. “Intocáveis” (2011) de Olivier Nakache e Éric Toledano, sobre a relação e dependência de dois homens diferentes um imigrante africano e um francês paraplégico com ascendência aristocrática e finalmente “Entre os muros da escola” (2008) de Laurent Cantet sobre a relação de um professor e seus alunos imigrantes e da periferia francesa. O ponto de encontro entre esses filmes é a forte influência da imigração no cinema francês do século 21.
“A Brigada da Chefe” (2021) de Louis-Julien Petit, uma comédia dramática sobre as dificuldades econômicas de uma chef que quer abrir seu restaurante, com dificuldades financeiras e intolerância à prepotência dos superiores que alteram as suas receitas. Cathy vai trabalhar a um abrigo de jovens imigrantes, lugar que odeia e pensa em juntar dinheiro para abrir seu próprio restaurante. Mas se envolve com esses jovens que procuram um destino no primeiro mundo, com desenvolvimento econômico e segurança social. Um sonho de estabilidade e um futuro para suas famílias. Um filme encantador que emociona e sensibiliza pela sua simplicidade e temática contemporânea.
“Somos todos imigrantes. Ninguém tem moradia fixa nesta terra”. Papa Francisco.
Por Francisco Lillo
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